sábado, dezembro 30, 2006

Mais um!

Depois de tantos...

Mais uma grande figura de nossa história deixa nosso "plano carnal".

James Brown se foi, é bem verdade, e merece todo o respeito do mundo...

Mas como esse blog trata de política é claro que estou falando do velho Saddam, 69 (1937- 2006).

Saddam foi ENFORCADO, como nos velhos tempos de far west ou "bang bang"; ou pior, como nos tempos da velha igreja inquisicionária.

Por mais que Saddam tenha cometido delitos o suficiente que comprovem a sua execução não consigo me conformar com a forma que o julgamento e o seu fim foram levados.

De um lado: O Diabo (segundo Chavez e outros muitos) e do outro, um ainda representante de um povo*.

Não estou aqui para defender um Assassino, mas sim para destacar os abusos de um líder de um país que tanto preza pela igualdade e liberdade; que se julga a mais democrática de todas as nações.

Definitivamente Bush (e seus let him do his job) estam indo e já foram longe demais.

E sendo mais franco e buscando o âmago, destaco uma argumentação feita por uma estudante do meu curso de Mkt político; de "Ashley" com a sua experiência cultural, política e acadêmica americana:

"Bush poderia se desculpar, nós os Americanos somos um povo capaz de perdoar o próximo, se ele hoje se desculpasse pelo o que tem feito durante seu governo e mudasse de rumo, nós o apoiariamos."

Comovente não? Seria se não fosse tão triste a sua ignorância.

Os americanos (em geral) não possuem conceitos democráticos básicos como o do próprio significado da palavra democracia (poder do povo).

É triste, e como diriam nossos velhos "filósofos" de plantão: O povo tem o líder que merece.

O problema dos Americanos é dinheiro demais na mão de tantos ignorantes seguidores de um energúmeno.

A economia traduzida em doláres tem sido desde a segunda guerra a verdadeira questão nas mesas de negociações internacionais.

Que alguém nos proteja, porque pelo o que os livros de histórias nos dão como exemplo, um futuro bem pessimista ainda pode ser visto em consequência dos atos de rebeldes que teimam em não respeitar normas internacionais e nem mesmo um "mero" protocolo de Kioto.

Bruno Hoff

*pois para representar, não precisa ser eleito basta ser um líder de um determinado grupo.

quinta-feira, novembro 16, 2006

Poor guys... Eles não sabem de nada

Após as eleições norte-americanas deste ano descobrimos um país insatisfeito com a postura Bush. Fato.

Sabemos que o partido Democrata conquistou maioria no congresso e em número de governadores. Porém o Republicano Bush continuará na presidência até 2008.

Sabemos também, que estas eleições funcionaram como um referendo: aqueles satisfeitos com a política de Bush e como a Guerra do Iraque está sendo conduzida votaram a favor dos Republicanos. Não foi o pensamento da maioria.

Concluímos então, dado ao favoritismo Democrata nas urnas, que os cidadãos americanos querem ver mudanças. E são contra a guerra.

Uma guerra que começou por buscas de armas de destruição em massa e depois que nada encontrado, a atenção foi desviada para a guerra contra o terrorismo; para que fosse justificada.

E enquanto uma grande maioria da imprensa internacional independente tenta direcionar os holofotes para a verdadeira razão $$$ digamos Econômica - Petrolífera.

Mas por que não vemos a insatisfação estampada na cara e nos jornais americanos?

Por que só percebemos isso através de um gesto tímido e silencioso demonstrado nas suas urnas eletrônicas?

Vemos manifestações contra a guerra ao redor de todo o mundo, mas na frente da Casa Branca esporadicamente algumas manifestações acontecem, compostas de mães de soldados que lutam na guerra ou que de lá já voltaram sem vida. E manifestam-se solitárias pois nem as pessoas que por ali passam parecem se comover com a causa.

De novo, porque não existe uma comoção maior com tudo isso?

Explico.

Lembremos da Guerra do Vietnã quando a certo ponto a mobilização popular nos EUA foi tão grande que a retirada das tropas era sem sombra de dúvidas a melhor coisa a ser feita. Saindo de lá com os rabos entre as pernas.

Naquele tempo a escolha de homens para formação de tropas era feita de uma maneira totalmente diferente. O chamado "draft", que era uma maneira aleatória de convocação de homens para a Guerra, foi uma tática não utilizada por W. Bush para esta guerra.

Manifestações contra a guerra no Vietnã surgiram e ganharam força com os jovens. Dezenas de milhares migraram para o Canadá para não serem convocados e os que ficaram lutaram contra.

Mas hoje não. Quem vai para guerra são ou meninos que realmente querem estar lá ou são de família pobres, que não tem dinheiro para pagar os altos custos de uma faculdade americana, ou aqueles que tem um passado criminal e não vêem perspectiva de um bom futuro senão, engajar-se na carreira militar.

Ou seja, desta vez sem a possibilidade de filhos de políticos, empresários, jornalistas, ou de qualquer outro meio poderoso e influente da sociedade serem chamados para a guerra, não se buscou clamar por um interesse maior de todos contra tudo isso.

A inteligência da Casa Branca, que soube aprender com o erro do passado, mais o desinteresse mesquinho, corrosivo e repugnante de formadores de opinião, faz com que o país perca a cada dia mais meninos em uma guerra sem sentido. Plantando sementes de ódio pelo mundo desta nação que faz tanta questão de pregar com tanto fervor a palavra “freedom” como se não medissem mais o significado que ela carrega.

E acreditando piamente que as fatias cortadas de seus salários pelo governo estão fazendo do mundo um país mais seguro e bonito de se viver.

Poor guys... no entanto, pior para todos.

quarta-feira, novembro 08, 2006

Americanos dizem não à "Política Bush"

Nesta noite de 7 de novembro o eleitorado americano foi convidado a comparecer as seções eleitorais, que apesar de não ser obrigatório contou com grande número de votantes.

O resultado surpreendeu até mesmo os Democratas mais otimistas: o partido do ex-presidente Clinton assumiu a maioria na Câmara, Senado e Governos estaduais.

A câmara dos deputados passou para o controle do Democratas após eleger 232 cadeiras de um total de 435. Quatorze a mais que o necessário para ser maioria.

No Senado, uma vaga ainda não foi confirmada, pela proximidade dos números. A cadeira do estado da Virginia disputado por Webb (D) e Allen (R) com uma diferença aproximada de 7 mil votos em um todo de quase 2,4 milhões de votos ainda está sendo apurada. Quem vencer esta vaga levará o seu partido a maioria no Senado.

O Republicano George Allen, ligeiramente atrás na apuração, já fala em recontagem dos votos. E caso essa medida seja tomada, a definição de que partido controlará o Senado pode demorar a ser definida.

As eleições para governo dos estados tabém foi um sucesso entre os Democratas, assumiram 28 dos 50 estados.

Entre os destaques, estão a bela vantagem de 17 pontos na reeleição de Schwarzenegger (R), na California, número que não era esperado.

Hillary Clinton se reelegeu com ampla maioria para Senado, pelo estado de Nova York. O que vem caucificando a idéia de termos pela primeira vez uma mulher candidata a presidência dos EUA, em 2008.

No estado de Missouri, vimos uma bela virada da Democrata McCaskill sobre o senador Talent (R). Esta eleição, uma das campanhas chaves para que os Democratas conseguissem a maioria também no Senado, teve a participação do ator Michael J. Fox, que sofre do Mal de Parkinson. Em sua intervenção*, uma campanha de 30'' reprisada por diversas vezes nos princiapis canais de TV aberta. Ele defende a liberação de pesquisas das células troncos. Fox também gravou propagandas de TV para outros candidatos Democratas que concorriam contra Republicanos que votaram contra a lei que liberaria a pesquisa.

O resultado da eleição já foi sentido por Bush: a "renúncia" do seu Secretário de Defesa, Donald Rumsfeld, que teria sido pedida pela deputada reeleita Nancy Pelosi, líder Democrata, e agora nome certo para a presidência da Câmara.

As eleições ocorreram muito bem se comparada com as eleições do ano 2000, onde um estudo mostrou que de 4 a 6 milhões de votos deixaram de ser computados pelo país, por falta de equipamento, confusão com cédulas ou erro dos votantes.

Naquela oportunidade, Al Gore (D), que foi vice de Clinton, perdeu as eleições na Florida para Bush (R) por míseros 537 votos. E mesmo tendo mais votos que Bush no total de votos americanos, a sistema de pontuação para cada estado se mostrou ineficiente, incorreto e injusto.

Desta vez ainda sim tivemos pessoas que não sabiam utilizar as máquinas de votação e inclusive mesários que também não haviam sido treinados para tal função.

Outra falha do sistema americano foi também questionada hoje, em relação a falta de representatividade no Senado para os quase 600 mil pagantes de impostos e suas famílias em Washington DC.

Bruno Hoff

* link do vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=a9WB_PXjTBo

domingo, novembro 05, 2006

Entrevista - João Santana (Folha Online)

Entrevista com João Cerqueira de Santana Filho, atual marqueteiro de Lula.

Vale a pena conferir.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u86328.shtml

Bruno Hoff

quinta-feira, novembro 02, 2006

Eleições dia 7 de Nov.

Todo aquele fervor, excitação e ansiedade que sentiamos durante as eleições acabaram.

Mas nos E.U.A. esse sentimento anda em pleno vapor. Dia 7 de novembro teremos eleições por aqui.

Mas não, Bush não está concorrendo. O que está em jogo é o congresso americano. Estão em disputa as cadeiras da câmara dos deputados (435 cadeiras) e um terço do senado (33 cadeiras). Basicamente a mesma estrutura Brasileira deste ano.

A política Americana é basicamente formada por dois grandes partidos: Os Republicanos e os Democratas. E atualmente o partido de Bush, o Republicano, está sobre o controle do Senado e da Câmara.

A importância destas eleições está na possibilidade dos Democratas assumirem maioria na Câmara dos Deputados. O que equilibraria mais o poder entre os partidos.

O ponto onde quero chegar é como estão sendo carregadas essa eleições, e porque é tão importante a possibilidade dos Democratas (de Clinton) assumirem o poder da Câmara.

As eleições americana foram transformadas em um referendo. Um referendo sobre o Iraque.

Vote Republicano se você acredita que devem continuar no Iraque, mesmo que isso tem dado tantas baixas de adolescentes que são enviados pra guerra e causado um rombo nas contas federais. Mas tudo por um bem maior: o controle/fim do Terrorismo.

Ou, vote pelos Democratas, para que uma nova estratégia de defesa seja criada e que as tropas comecem a ser retiradas do Iraque antes que as coisas fiquem tão feias quanto foi a guerra do Vietnam.

Bush resume estas eleições afirmando que neste momento uma vitória dos Democratas quer dizer uma vitória do Terrorismo. Já que a maioria da Câmara dos Deputados pode votar medidas que forcem o fim da guerra.

Afirma também que este mês de outubro, o mais sangrento desde o início da guerra, tem sido de tal maneira porque os rebeldes estão tentando influenciar nas eleições americanas. Querem que as pessoas votem contra guerra, para que possam assumir o poder no Iraque, já que as tropas Iraquianas ainda não tem estrutura para para controlar a situação sem a ajuda americana.

As pesquisas indicam que a disputa sobre o controle da Câmara está muito apertada. Para assumir a liderança frente aos Republicanos os Democratas precisam eleger pelo menos 15 cadeiras a mais que as atuais.

Já o Senado não sofrerá grandes mudanças, algumas cadeiras a mais devem ser ganhas pelos Democratas, mas permanecerá sobre o controle dos Republicanos.

Mudanças na postura da Política Americana Internacional podem acontecer em 5 dias.

Bruno Hoff

domingo, outubro 29, 2006

Lula lá! Mas e 2010?

Confirmado.

Lula será nosso presidente até o dia 31 de dezembro de 2009 com 60,83% de apoio do eleitorado.

Hoje se fechou um ciclo eleitoral. Mas nada de férias. Ao mesmo momento que Alckmin ligava para Lula admitindo a derrota, a campanha presidencial para 2010 começava.

É claro que não veremos candidatos com seus números estampandos em sua camisetas pedindo votos para 2010. A campanha é outra, e ela está no campo das negociações, acordos e coligações políticas, e na competência de trabalho dos candidatos.

Nomes como Serra e Aécio governarão seus Estados de olho exclusivo nas próximas eleições. E por serem do mesmo partido, já estão concientes que terão de brigar pela indicação do partido como candidato oficial à corrida presidencial.

Se forem mais espertos desta vez, o PSDB não "brigará", como fizeram Serra e Alckmin este ano. Tudo deve ser resolvido de comum acordo. E com base em dados de seus governos, indíces de evolução, capacidade de levantamento de verba para campanha e reconhecimento nacional do candidato. De ante-mão, e quatro anos antes, já afirmo aqui. Aécio será o candidato. E Serra se candidatará a reeleição de seu Estado; coisa que Aécio não poderia mais fazer no seu. (caso reeleição seja ainda permitida)

Pobre daqueles que pensam que Aécio ou Serra será vencedor nas eleições de 2010 por não haver nenhum nome forte, até o momento, no PT para substituir Lula.

Bem certo que nomes como: Marta e Eduardo Suplicy, ditos por alguns como prováveis escolhidos; convenhamos: não têm chance.

Assim como Lula nos encheu de promessas hoje em seu primeiro discurso como reeleito, também dou mais um palpite: Esperem por um nome novo para receber o apoio de Lula para concorrer à 2010 pelo PT. De certo um ministro.

E ainda, o candidato de Lula terá chances muito boas de manter o PT a frente do cargo mais importante do Brasil, caso o Lula tenha um governo eficiente e com uma bela aprovação.

Possivelmente Aécio, reconhecidamente como nome fortíssimo pode ter que esperar por outra oportunidade.

Em 2014 talvez?

Só se Lula não se candidatar...

Enquanto nos decepcionamos com nossos fenômenos na Alemanha. Devemos reconhecer, queira ou não, desagradando ou não: Lula foi um "fenômeno" perante o eleitorado; e mesmo estando na mira de tantas acusações.

Só nos resta torcer por uma país melhor, mais justo, correto e com menos desigualdade social. Boa Sorte à nós!

p.s. Quanto a Alckmin - nunca mais será candidato a presidência, mas deverá estar a frente da prefeitura de São Paulo em 2008.

Bruno Hoff

sábado, outubro 28, 2006

Faltou coração!

Acabou.

A campanha das eleições de 2006 foram finalizadas.

E pelo o que tudo indica o candidato à reeleição será eleito.

O debate desta sexta teve uma estrutura diferente, que colaborou sim ao debate de idéias. Apesar de algumas falhas, como o espaço de 40" destinado à perguntas dos candidatos, que não foi utilizado em nenhum momento para tal fim, e as perguntas dos indecisos que não foram respondidas diretamente.

Durante o debate Lula estava mais agressivo, intimidador, se colocava perto do seu oponente ao falar, dizia olho-no-olho de Alckmin, que mostrava-se claramente incomodado com a postura de Lula.

Alckmin não conseguiu mobilizar o povo com suas idéias, não catalizou a indignação das pessoas em relação aos casos de corrupção. Alckmin poderia ter sido um candidato muito mais forte se tivesse sido escolhido o candidato de oposição a mais tempo. Do jeito que as coisas caminharam, onde o candidato não tinha nem um apoio concreto de seus próprios companheiros de partido, e com um grupo de coordenadores de campanha que não se acertaram e não conseguiram tirar proveito das oportunidades, não tinha como ir muito longe.

Lula será reeleito com mais de 60% como dizem as pesquisas.

Mas a história poderia ter sido diferente se a oposição tivesse feito um trabalho mais apurado.

Assim como o PT custou a saber como se joga do lado da situação, a antiga situação de FHC se bateu na hora da corrida pelo retomada do palácio.

Essas eleições foram caracterizadas pela frieza. As novas regras de campanha com muito colaboraram: Programas eleitorais sem imagens externas, nada de camisetas e brindes espalhados pelo eleitorado, nada de outdoors, nada de showmícios. E tudo isso para que o custo das campanhas fossem baratiadas. O que não foi o que ocorreu. Se bem que é sabido que uso de caixa 2 deve ter sido evitado este ano, o que forçou a aparecer os custos reais das campanhas.

A novas regras fizeram a divulgação dos candidatos serem mais difíceis, beneficiaram-se aqueles políticos já conhecidos pelo eleitorado e/ou aqueles candidatos "estrelas" como Clodovil e Frank Aguiar.

Mas o que mais fez falta foi o coração.

O Brasil estava arrasado com a derrota na copa da Alemanha justamente por falta de coração, falta de respeito à camisa, falta de seriedade.

Algumas semans depois durante primeira pesquisa da corrida presidencial no início de agosto, viu-se HH com 11% das intenções de voto segundo a Vox Populi. É conhecido que suas intenções decresceram e ao final, nas urnas ela levou 6,85%.

Mas atribuo tal bolha de intenção de votos à Heloísa pelo fato de ter sido o único candidato a ser duro. A criticar de forma veemente o governo de Lula. Ela sim parecia estar ali, exposta, clamando pelo povo; e com o coração.

Cristovam poderia ter assegurado ao menos 15% das intenções de voto se tivesse sido mais envolvente com o seu tema da educação, um tema tão importante e bonito inclusive. Mas por medo de ser considerado piegas, Cristovam sim, foi o verdadeiro "chuchu"desta campanha. Também foi mal assessorado e perdeu a oportunidade de fazer da educação um tema defitivamente importante na política brasileira. Pois se tivesse ficado com 15% por exemplo, Alckmin e/ou Lula certamente reformulariam suas propostas na educação para buscar o apoio de Cristovam.

Repito. Faltou coração. Faltou aquele candidato que batesse a mão no peito e realmente acreditasse naquilo que estava propondo.

Agora é acompanhar a vitória de Lula e torcer para que este governo tenha aprendido e que o próximo seja mais competente e limpo.

Bruno Hoff

quarta-feira, outubro 25, 2006

Agora é a hora

Estamos à 4 dias das eleições.

Até sexta-feira, dia 27, é a última chance de novos fatos, capazes de fazer alguma mudança substantiva no voto do eleitor, surgirem. Serão dias decisivos; são os últimos dias de amplo alcance da imprensa junto ao eleitorado.

E para mudar o voto, só idéias já amadurecidas na cabeça dos votantes. Em cima da hora, qualquer notícia será interpretada como boato; mesmo que a fonte seja considerada segura.

Porém, Alckmin parece não ter mais munição.

Enquanto Lula, não nos deixa esquecer sobre CPIs abafadas em SP. E sempre que questionado, repete o seu discurso de que escândalos apareceram porque em seu governo houve transparência, e que foi dado todos os recursos necessários para que tudo fosse investigado. O que convenceu uma boa fatia do eleitorado.

Alckmin se revelou um ótimo acusador, mas também um ótimo "desviador" de assunto.

Sempre responde as acusações de ter abafado CPIs com novas acusações à Lula.

E no debate de segunda-feira, perdeu uma grande oportunidade em relação ao tema das privatizações. Lula disse: "Você tem aqui, agora, a oportunidade de dizer que não irá fazer privatizações. E se você disser eu acredito". Alckmin não respondeu, somente o atacou por ter privatizado o Banco do Estado do Ceará e algumas outras instituições.

Se privatizações são prejudiciais ou não, não quero entrar neste mérito aqui. Mas Alckmin não se posicionou. E quando um candidato não se posiciona, o seu oponente terá o maior prazer em fazê-lo por ele.

Bruno Hoff

terça-feira, outubro 24, 2006

O velho candidato Lula está de volta...

Não se pode negar o crescimento do desempenho de Lula neste útimo debate em relação ao primeiro realizado pela Band.

Como se tivesse reaprendido a debater, Lula, desta vez bem mais a vontade, mostrou-se mais convincente, soube usar bem o seu tempo. Tanto que chegou a "emprestar" alguns segundos para que Alckmin concluísse sua pergunta.

Alckmin por sua vez, não demostrou o mesmo rendimento, que tanto nos surpeendeu no primeiro debate. Repetiu o mesmo discurso várias vezes, as mesmas palavras. Como se tudo fosse decorado, como se não conseguisse dizer em outras palavras. Pecou também quando passava do tempo estipulado e continuava falando, mesmo depois que tinha seu microfone desligado.

Alckmistas devem estar se sentindo assim como os amantes de Fórmula 1 na tarde do último domingo: torcendo pelo improvável... mas não impossível.

Bruno Hoff

quinta-feira, outubro 19, 2006

Política Imita a Arte

Final de setembro passado o Brasil pode acompanhar em seus ginásios o Campeonato Mundial de Basquete Feminino.

Muitas esperenças foram depositadas naquele time, que apesar de ter amargurado um 4º lugar, após partida contra os EUA, jogou muito bem.

Mas em duas partidas em especial, contra a Espanha e a Austrália, quando o time das brasileiras pareciam estar com a vitória nas mãos. Tinham a torcida a favor e uma boa vantagem na pontução. Mas um certo desequilibrio emocional desacertou o time, e a vitória escapou.

Nosso querido, amado e odiado Galvão Bueno, narrava com um tom de tristeza e em um certo desabafo: "Olhe, em todos esses anos de profissão eu nunca vi algo assim: o time enlouqueceu. Literalmente enlouqueceu".

E como a política também pode imitar a arte, Alckmin conseguira chegar ao segundo turno e parecia bastante forte, bastante inteiro para mais uma batalha que acabara de começar. Muitos passaram a acreditar que ele viraria o jogo com debates, horário político e alianças.

Não foi o que aconteceu. Já que Lula não pára de se distanciar de Alckmin, segundo as pesquisas.

Não que a campanha de Alckmin tenha "enlouquecido literalmente" como afirmara Galvão em relação as meninas, mas a campanha de Alckmin perdeu seu foco. E mostrou-se errônea desde o começo do segundo turno, dando sinais que nem seu núcleo de campanha parecia acreditar que haveria segundo turno.

Alckmin fez alianças que acabaram lhe prejudicando; atraindo mídia negativa à sua campanha.

Alckmin perdeu muito tempo na defesa, explicando intermitentemente que a bolsa família não seria cortada e nem que haverá uma avalanche de privatizações.

Alckmin em pleno segundo turno estava ainda inaugurando comitês de campanha no Brasil a fora, o de Maceió por exemplo. Como alguém passível de ganhar uma eleição nacional, só agora tem um comitê numa cidade como Maceió?

O discurso de Alckmin se tornou um conjunto de palavras jogadas ao léu. Suas frases pré-formuladas cheias de "choque de gestão", "dívida pública", "alta do juros" "desestabilização da economia" e suas "medidas gerenciais" soam muito bem. Mas não para o povo, que não consegue fazer uma ligação direta dessas palavras com os benefícios que terão, na prática, em suas vidas.

Coordenadores, Marketeiros, Conselheiros e/ou Intendidos Políticos da campanha de Alckmin perderam a chance de colocar a campanha presidencial de 2006 em seus résumés.

A esta altura, como já foi dito neste blogue anteriormente, Alckmin só tem chance caso nossa Polícia Federal revele provas contundentes do envolvimento de Lula no Caso Dossiê.

Bruno Hoff

segunda-feira, outubro 16, 2006

Com ou sem emoção?

Estamos a menos de duas semanas do dia 29 de outubro.

E o que vemos são jornalistas acompanhando passo-a-passo os passos dos presidenciaveis. Como exemplo, temos "o dia dos candidatos" no JN mostrando imagens de carreatas, abraços, apertos de mãos, e sua respectivas mobilizações em busca do eleitorado; alem da cobertura das trocas de acusações diarias.

Mas vale ressaltar tambem que temos outro tipo de jornalismo nestas eleições, aquele investigativo, onde revistas e blogueiros, por exemplo, buscam desvendar cada acontecimento desta eleição. Como o caso do envolvimento do Delegado Edmilson Bruno, e a liberação das fotos.

Se estas fotos foram realmente liberadas para prejudicar o candidato Lula, que e' o que tudo indica; a operação, do ponto de vista tatico de campanha, teria sido muito bem sucedida, pois aconteceu com o "timing" perfeito para atingir substancialmente o eleitorado no 1º turno. Alem do que, a liberação das fotos seria considerada uma infração "fichinha" caso fosse comprovada a participação de Lula em algum de seus escandalos.

A 13 dias do dia de votação, nao ha' debate, programa eleitoral ou alianças que reverta os 10 pontos de vantagem das intenções de votos do Lula. Que com a sua alta taxa de aprovação no governo, e' um candidato que não perdera' seus votos ja' conquistados facilmente.

Ou seja, se as coisas continuarem como estão, Lula esta' eleito.

Mas se voce for daqueles que prefere tudo "com emoção", torça para que novidades "quentes" surjam. O que não seria nada bonito do ponto de vista etico. Mas se fosse comprovada a participação do Presidente da Republica com o levantamento do dinheiro para o pagamento do dossie, por exemplo, Lula ficaria no chão.

Culpado, Lula veria como em um efeito domino sua reputação se desfragmentando, e veria todos os seus "eu nao sabias" transformados em balela, desacreditados. E ai sim teriamos uma eleição incerta!

Esperemos ate a ultima semana, entre os cinco dias que antecederão as votações, mais precisamente entre os dias 24 e 27. Que são as datas ideias para que uma oscilação representativa nos votos seja criada; caso as acusações ou comprovações sejam claras e fundadas.

Dando tempo suficiente para que a informação seja absorvida por todos, mas não dando a Lula, tempo para tentar maquilar a sujeira.

Bruno Hoff

quinta-feira, outubro 12, 2006

Mas e aí? Dá pra virar?

Segunda pesquisa pos-debate saiu hoje, e a diferenca entre os candidatos se confirma e volta ser representativa. 12 pontos.

Estamos há 17 dias do dia da votacao. E há quem se pergunte: "Mas e aí? Dá pra virar?"

Sem duvida.

Nada está ganho; eleicao pode ser vencida em um dia. Principalmente tratando-se de uma corrida como esta, repleta de escandalos, mentiras e "misunderstandings".

Enquanto Lula conclama o apoio do povo, repete seu numeros socias e continua com seu discurso de inocencia;

Alckmin, um pouco mais na defensiva, reafirma que nao pretende privatizar estatais apesar do seu passado e do partido provarem o contrário. E continua se perguntando quem e' o dono do dinheiro que seria usado na compra do tal dossie.

Me arrisco a dizer que novidades estao por vir, e essa corrida há de ser uma das mais emocionantes em busca do planalto.

Quem chega lá primeiro? Fico devendo.

Mas que vai ter um Ze' morando no Palácio do Jaburu... A isso vai!

Bruno Hoff

quarta-feira, outubro 11, 2006

Lulistas mostram a cara

Os numeros da Datafolha nos traz uma vantagem de 51% a 40% das intencoes de votos para Lula frente a Alckmin.

Antes do debate deste domingo os numeros eram 50% Lula X 43% Alckmin.

O debate entao, teria sido tao ruim para Alckmin? Nao, nao... ele foi bem.

Teria o caso "dossie" acontecido em um momento, com o "timing" perfeito trazendo o voto de eleitores de Lula (swing voters) para um dos seus oponentes. De modo a provocar um 2º turno para ter esta historia melhor esclarecida?

E' possivel.

Mas o ponto forte de Lula e' outro. Seu "grassroots", ou seja, a sua militancia, o seu eleitorado esta' agora muito mais ativo. Muitos deles estavam ao lado de Heloisa Helena e/ou Cristovam. E em um primeiro momento, agiram como HH, preferiram nao tomar partido.

Porem, uma semana apos as eleicoes do 1º turno, parecem ter saido de cima do muro e vestido aquela velha camisa do PT que estava jogada no fundo do armario desde as primeiras acusacoes de mensalao. Isso, talvez por um pensamento malufista de "O Lula rouba (ou nao sabe) mas faz" ou mesmo pelo simples fato de serem anti-PSDB, anti-Alckmin.

Enquanto os Alckmistas estao chegando, os Lulistas ja' mostraram as suas caras; e estao buscando voto em todas as conversas, em todas as esquinas.

Bruno Hoff

terça-feira, outubro 10, 2006

O medo de Lula "à Jorge Ben Jor"

A imprensa, os eleitores, o PT, o Lula... ate certo ponto nao esperavam tanto de Alckmin.

Alias, nem o PSDB esperava.

A candidatura de Geraldo Alckmin serviria apenas para constar a oposicao à Lula. O PSDB ja' estava desacreditado. Esperando por 2010, onde ai sim, com Aecio e Serra e sem nenhum grande nome do lado petista, reassumiria o poder depois do "fenomeno Lula".

O debate de domingo derreteu o picole de Chuchu. Nao o candidato "Chuchu" mas o apelido. "Alckmin mostrou [no debate] que tem uma presenca forte", palavras de FHC, que nao escondia sua preferencia por Serra para a candidatura presidencial.

E nao foi somente FHC que se aproximou do ex-Chuchu: Aecio, Serra e Itamar estao cada vez mais presentes; aliados estes que prefiriram nao se envolver muito com a campanha de Alckmin no 1º turno, acreditando que Lula venceria sem maiores problemas.

E com apoio real, efetivo e de uma maneira mais convincente desses nomes à Alckmin, o eleitorado e a militancia do, ate' entao, "desacreditado", tende a crescer.

E como diz o titulo do "post" de hoje, o medo de Lula pode vir "à Jorge Ben Jor":

"Os Alckmistas estao chegando, estao chegando os Alckmistas..."

Bruno Hoff

p.s. Feliz Aniversario Pai!

segunda-feira, outubro 09, 2006

Bravatas & Leviandades

O grande momento esportivo desse fim de semana nao foi a selecao brasileira, nem a vitoria de Alonso, muito menos a rodada do Brasileirao. Este fim de semana foi marcado por dois gladiadores lutando pela presidencia do nosso pais.

Quem viu o debate na TV Bandeirantes, com certeza nao se arrependeu!

Um debate como que a muito tempo nao se via.

De um lado, o candidato Lula, sempre um bom debatedor, que fez o que pode para nao ser exprimido no "corner" do ringue. Buscou atacar a gestao de Alckmin e explicar o porque de nao saber sobre os escandalos.

Do outro lado, Alckmin, mostrando-se preparado ate' demais (se isso for possivel); Ironizado por Lula por ter uma infinidade de dados decorados: "Há uma contradição entre os números que você decorou para esse debate e a realidade do Estado de São Paulo".

Este debate deixou claro quais sao as diferencas entre os candidatos e quais sao suas prioridades:

Alckmin, se intitulou um Republicano; colocando como prioridade o desenvolvimento economico, o que traria empregos e consequentemente uma melhora da vida dos Brasileiros. Enfatizando porem, que ira' manter o bolsa familia.

Lula trabalha no sentido inverso, trata-se de um Democrata; que investe no social, diretamente nos individuos, o que pode vir a aquecer a economia tambem, se os juros nao estiverem muito altos.

Vimos neste debate como atacar pode ser muito mais facil e convincente que ficar na defensiva.

As primeiras pesquisas do segundo turno ainda mostram vitoria de Lula, mas quem venceu a batalha deste domingo foi Alckmin. E venceu por ter feito as perguntas que a muito tempo os eleitores queriam que fossem feitas diretamente a Lula.

Teremos pelo menos mais dois grandes debates, e mais 20 dias antes do dia de eleicao.

Se Lula nao parar de perder votos, veremos ele ano que vem na presidencia de novo, mas do PT.

Bruno Hoff

bravata - Intimidacao ou ameaca arrogante.
leviano - Que julga ou procede irrefletidamente; irresponsavel, inconsciente.

sexta-feira, outubro 06, 2006

Isto o Lula realmente nao sabia

Estava eu, lendo um dos tantos livros que fui solicitado a ler para as minhas aulas do mestrado, quando um paragrafo em especial me chamou a atencao e gostaria de, aqui, compartilha-lo.

Do livro: Campaign Battle Lines, de Ronald Faucheux e Paul Herrnson

1º Capitulo - Vencendo Eleicoes: 60 dicas para candidatos politicos

Dica #41: "An incumbent who is under attack for his or her record in office, but is still running ahead in the polls, may not have the luxury of being able to ignore the substance of the attacks if they appear to be resonating with voters."

ou melhor: Um politico eleito no exercicio da sua funcao que esteja sendo alvo de ataques a respeito do seu governo, mas mesmo assim esta na frente nas pesquisas, talvez nao deva se dar ao luxo de ignorar o conteudo destes ataques se eles parecerem verdade aos eleitores.

Bruno Hoff

quinta-feira, outubro 05, 2006

Qual caminho seguir?

Com a definicao da disputa presidencial para 2º turno, so' o PT nao se animou, pois esperava levar essa no dia 1º de outubro passado.

Em uma analise geral do conjunto, nao foi apenas a oposicao de Lula que ficou satisfeita. O eleitorado em geral gostou. E gostou porque agora tera' a oportunidade de ver ideias sendo discutidas, sendo rebatidas e criticadas.

Agora sim, veremos o nosso presidente que evitou a populacao justificando-se por "falta de informacao" sobre o que se passava em seu ambiente de trabalho; Lula agora estara' exposto frente-a-frente com seu oponente.

Mas enquanto o proximo domingo nao chega, dia em que teremos o primeiro debate de TV deste segundo turno, na Band, o povo ja' esta debatendo. Seja por correio eletronico, seja no bar, no refeitorio, durante o churrasco, na praia, no trabalho... cada lado expoe suas ideias.

Mas o que tais lados andam sendo discutidos por ai?

Baseados em uma estrutura simples de disputa, seja de guerra ou de campanha eleitoral. Cada um ressalta seus pontos fortes enquanto buscam desfocar a atencao de suas fraquezas.

Alckmistas ressaltam que o Brasil poderia estar fazendo muito melhor do que agora, e que Alckmin e' a pessoa certa para o cargo.

Lulistas ressaltam o declinio dos indices de pobreza e o aumento do empregos.

Alckmistas nao cansam de acusar e exigir explicacoes de Lula a respeito de Mensalao, Sangue-sugas e compra de dossie.

Lulistas por sua vez, querem e' saber porque a imprensa nao enfoca no conteudo do tal dossie, ao inves de apenas investigar quem tentou compra-lo. E dizem que escandalos estao a muito tempo sendo conduzidos no congresso, e so' agora com o governo Lula, instituicoes como o Ministerio Publico e PF tiveram autonomia e liberdade suficiente para investigarem todos os ocoridos. Pois Lula nao estaria encobertando qualquer tipo de desvio de conduta, como o governo de FHC fazia, segundo eles.

Alckmistas criticam o bolsa familia renomeando-o de bolsa esmola.

Lulistas dizem que bolsa familia e' investimento. E que gracas o bolsa familia pessoas podem se alimentar. E que sem comida, eles nao teriam forcas nem pra estudar. E que mesmo as vezes, sendo de classe-media, votam nele porque ele sim se preocupa com o povo.

Entao eu lhe pergunto: Qual caminho seguir?

Aquele que acredita na inocencia de Lula + o seu "highlight" na contrubuicao aos brasileiros mais necessitados. Ou daquele que se diz etico e quer dar um basta em um governo que tem sido investigado em tantos escandalos.

Seja qual for o seu lado e seja quem for o proximo presidente, o 2º turno sera de extrema importancia para que o eleitorado tire suas duvidas e vote mais conciente, com base em suas proprias conclusoes.

Bruno Hoff

quarta-feira, outubro 04, 2006

Quem votou em Clodovil?

Ja' nao e' mais novidade que o estilista, costureiro, apresentador(...) Clodovil Hernades foi eleito Deputado Federal.

Mas quem sao os 493.951 eleitores que confirmaram seu voto em Hernandes?

Em uma primeira instancia, preconceituosa, julga-se: "Viu ai, existem 493.951 eleitores homossexuais no estado de SP!"

Tudo bem, com certeza ouve um apoio muito grande de homossexuais 'a Clodovil. Mas nao foi so' isso.

Uma boa porcao desses votos vieram de pessoas, muitas delas senhoras, maes de familia, que procuraram por um candidato que conhecesse e que transparecesse confianca a elas.


Com o bordao: "Brasilia nunca mais sera a mesma".

Clodovil, provavelmente sem querer, enfatizou, e emitiu confianca as pessoas que o admiravam na TV. Muitas pessoas pensaram: "Vou votar nele, pelo menos eu sei que ele nao rouba".

Tudo isso em uma campanha sem custos. Para figuroes nacionais como Clodovil, a campanha e' toda feita boca-a-boca; toda em midia espontanea. O horario politico lhe foi util, nao para convencer, persuadir ou mobilizar alguem. E sim para o simples fato das pessoas saberem que ele era candidato e anotarem seu numero.

Clodovil ja' afirmou que nao tem projetos, que nao sabe o que e' politica nem o que fara' no congresso, que nao apoiara' a uniao entre homossexuais, que so' ira' a Brasilia de terca a quinta e o que esta' lhe deixando ansioso mesmo e' a vontade de saber como e' seu gabinete e os moveis.

Seus eleitores ja' devem estar demonstrando seus primeiros sinais de arrependimento...

Bruno Hoff

terça-feira, outubro 03, 2006

E agora Jose? E agora Luis?

A diference entre nossos candidatos ficaram claras demograficamente.

Geraldo Jose ficou com o Sul, Sudeste e Centro Oeste + Roraima, Rondonia e Acre.

Luis Inacio ficou com o Norte e Nordeste + Espirito Santo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Se utilizassemos o sistema americano, esses dados seriam mais importantes que ja sao.

Onde cada estado teria uma pontuacao, que e' diretamente relacionada ao numero de habitantes do estado. E quem vence no estado leva todos os pontos! Como se seu oponente nao tivesse recebido votos naquele estado.

Mas no Brasil nao. Cada voto se junta com todos da federacao. Um esquema mais simples, justo e transparente.

Mas agora indo ao que interessa; nossos presidenciaveis, estao em busca por mais votos.

Se fala muito em "agora e' uma nova eleicao se zera tudo!", correto, mas na cabeca das pessoas nao. A tendencia de repetir o mesmo voto e' enorme. Ninguem quer ficar com sentimento de ter "errado" no primeiro turno. Isso quer dizer que os votos de Helena e Buarque valem ouro. Principalmente os de Helena.

Os eleitores da nossa primeira candidata mulher a presidente (junto com Ana Maria Rangel - nao a Braga), estao em um dilema. Votar em PSDB? Aposto que nunca se imaginaram "comentendo tal ato". Ou eles preferirao ingolir o Lula e seus escandalos guela abaixo? "Pelo mau menor" segundo Plinio Sampaio seus eleitores tendem ao Lula sim! Eleitores esses, que sao mobilizados e envolvidos demais com assuntos politicos para quererem anular o seu voto.

Opa! Mas entao o Lula ja esta eleito?

Se ele teve 48% no primeiro turno + uma fatia dos ex-eleitores de Helena.

Na pratica fria, pobre e simples... sim, eh verdade!

Porem um fator nao garante esse eleicao antecipadamente. O fato de agora sim, muita gente acreditar que Geraldo Jose tem chances reais de vencer. Agora ele sera levado a serio por muito gente.

Teremos uma BATALHA este mes! Onde cada um fara' seu dever de casa em suas regioes para ter certeza que nao mudarao suas escolhas e ao mesmo tempo, entrar em "terreno inimigo" em busca de persuadir novos simpatizantes.

Ambos tem fundos para campanha, ambos tem bons nomes de apoio para o segundo turno e ambos estao prontos para por o "pe-na-estrada" - expressao coincidentemente utilizada pelos dois em suas entrevistas concedidas ao JN.

Para decidir, um terceiro elemento tera' de aparecer na campanha.

Que seja o resultado de investigacoes da PF, ou quem sabe um novo escandalo ou simplesmente um apoio descarado de(o) veiculo(s) de comunicacao a um candidato (este nao e' novidade).

Que venca o mais dedicado!

Bruno Hoff

segunda-feira, outubro 02, 2006

E comeca o 2º turno!

Nesse dia historico, comeca este blog.

O dia que comecou com o resultado de que havera sim disputa de segundo turno entre Lula e Alckmin.

Uma eleicao que nos trouxe algumas surpresas, felicidades e desapontamentos.

Surpresas essas, que dao todo o merito aos nossos institutos de pesquisas. Que nao esperavam uma diferenca tao pequena entre Lula e Alckmin, 48,61 e 41,64 respectivamente, apenas 6,97%;

Uma diferenca de menos de 7 milhoes de votos. Pouco em relacao aos quase 96 milhoes.

Pouco, porem importantissimos. Para o Alckmin levar essa, ele tera de trazer o povo pra votar, ja que tivemos 21 milhoes de pessoas que nao compareceram as urnas; mais 9 milhoes que votaram branco ou nulo. Isso ainda nao possa ser suficiente. Alckmin tera de tirar votos do Lula. Nao se sabe o numero de "swing voters" que acabaram votando em Lula mas poderiam se juntar ao Alckmin. Neste momento, cada voto vale ouro.

Surpresas tambem, como a do governo da Bahia. Onde o candidato do PT Jaques Wagner, segundo as pesquisas "estava lutando por um segundo turno", ultrapassou o candidato de ACM a reeleicao e virou o jogo. Fenomeno este, atribuido a grande votacao de Lula na Bahia (mais de 66% dos votos).

Sem contar a lambanca no RS. Onde o atual governador Rigotto, ficou de fora da disputa de segundo turno entre Yeda e Dutra devido uma manobra do eleitorado. Pensando que Rigotto estava "garantido" no turno final. Votaram em Yeda numa tentativa de limar Dutra da decisao.
O tiro saiu pela culatra. Rigotto, que se via com um dos futuros candidatos a presidencia no futuro. Tera de comprar os classificados de emprego proximo domingo.

Ja as felicidades se perdem frente aos desapontamentos:

Severino Cavalcanti - fora!

Maluf - dentro?
Clodovil - dentro?
Fank Aguiar, Eneas e COLLOR - dentro???

Collor este, que por pecas que so o destino sabe pregar. Sentara na cadeira de Heloise Helena que esta deixando o senado. E que agora neste segundo turno ja revelou seu apoio ao seu rival do passado Lula.

Adiamos por 4 semanas a decisao das eleicoes presidenciais.

Agora sim!

Agora a adrenalina vai correr na veia de quem se interessa por politica.

Lula e conhecido por ser um otimo debatedor. Porem agora me parece fora de forma e desta vez nao vai estar la para acusar. E sim para defender seu governo.

Emocoes estao por vir!

Bruno Hoff