Acabou.
A campanha das eleições de 2006 foram finalizadas.
E pelo o que tudo indica o candidato à reeleição será eleito.
O debate desta sexta teve uma estrutura diferente, que colaborou sim ao debate de idéias. Apesar de algumas falhas, como o espaço de 40" destinado à perguntas dos candidatos, que não foi utilizado em nenhum momento para tal fim, e as perguntas dos indecisos que não foram respondidas diretamente.
Durante o debate Lula estava mais agressivo, intimidador, se colocava perto do seu oponente ao falar, dizia olho-no-olho de Alckmin, que mostrava-se claramente incomodado com a postura de Lula.
Alckmin não conseguiu mobilizar o povo com suas idéias, não catalizou a indignação das pessoas em relação aos casos de corrupção. Alckmin poderia ter sido um candidato muito mais forte se tivesse sido escolhido o candidato de oposição a mais tempo. Do jeito que as coisas caminharam, onde o candidato não tinha nem um apoio concreto de seus próprios companheiros de partido, e com um grupo de coordenadores de campanha que não se acertaram e não conseguiram tirar proveito das oportunidades, não tinha como ir muito longe.
Lula será reeleito com mais de 60% como dizem as pesquisas.
Mas a história poderia ter sido diferente se a oposição tivesse feito um trabalho mais apurado.
Assim como o PT custou a saber como se joga do lado da situação, a antiga situação de FHC se bateu na hora da corrida pelo retomada do palácio.
Essas eleições foram caracterizadas pela frieza. As novas regras de campanha com muito colaboraram: Programas eleitorais sem imagens externas, nada de camisetas e brindes espalhados pelo eleitorado, nada de outdoors, nada de showmícios. E tudo isso para que o custo das campanhas fossem baratiadas. O que não foi o que ocorreu. Se bem que é sabido que uso de caixa 2 deve ter sido evitado este ano, o que forçou a aparecer os custos reais das campanhas.
A novas regras fizeram a divulgação dos candidatos serem mais difíceis, beneficiaram-se aqueles políticos já conhecidos pelo eleitorado e/ou aqueles candidatos "estrelas" como Clodovil e Frank Aguiar.
Mas o que mais fez falta foi o coração.
O Brasil estava arrasado com a derrota na copa da Alemanha justamente por falta de coração, falta de respeito à camisa, falta de seriedade.
Algumas semans depois durante primeira pesquisa da corrida presidencial no início de agosto, viu-se HH com 11% das intenções de voto segundo a Vox Populi. É conhecido que suas intenções decresceram e ao final, nas urnas ela levou 6,85%.
Mas atribuo tal bolha de intenção de votos à Heloísa pelo fato de ter sido o único candidato a ser duro. A criticar de forma veemente o governo de Lula. Ela sim parecia estar ali, exposta, clamando pelo povo; e com o coração.
Cristovam poderia ter assegurado ao menos 15% das intenções de voto se tivesse sido mais envolvente com o seu tema da educação, um tema tão importante e bonito inclusive. Mas por medo de ser considerado piegas, Cristovam sim, foi o verdadeiro "chuchu"desta campanha. Também foi mal assessorado e perdeu a oportunidade de fazer da educação um tema defitivamente importante na política brasileira. Pois se tivesse ficado com 15% por exemplo, Alckmin e/ou Lula certamente reformulariam suas propostas na educação para buscar o apoio de Cristovam.
Repito. Faltou coração. Faltou aquele candidato que batesse a mão no peito e realmente acreditasse naquilo que estava propondo.
Agora é acompanhar a vitória de Lula e torcer para que este governo tenha aprendido e que o próximo seja mais competente e limpo.
Bruno Hoff
sábado, outubro 28, 2006
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