Final de setembro passado o Brasil pode acompanhar em seus ginásios o Campeonato Mundial de Basquete Feminino.
Muitas esperenças foram depositadas naquele time, que apesar de ter amargurado um 4º lugar, após partida contra os EUA, jogou muito bem.
Mas em duas partidas em especial, contra a Espanha e a Austrália, quando o time das brasileiras pareciam estar com a vitória nas mãos. Tinham a torcida a favor e uma boa vantagem na pontução. Mas um certo desequilibrio emocional desacertou o time, e a vitória escapou.
Nosso querido, amado e odiado Galvão Bueno, narrava com um tom de tristeza e em um certo desabafo: "Olhe, em todos esses anos de profissão eu nunca vi algo assim: o time enlouqueceu. Literalmente enlouqueceu".
E como a política também pode imitar a arte, Alckmin conseguira chegar ao segundo turno e parecia bastante forte, bastante inteiro para mais uma batalha que acabara de começar. Muitos passaram a acreditar que ele viraria o jogo com debates, horário político e alianças.
Não foi o que aconteceu. Já que Lula não pára de se distanciar de Alckmin, segundo as pesquisas.
Não que a campanha de Alckmin tenha "enlouquecido literalmente" como afirmara Galvão em relação as meninas, mas a campanha de Alckmin perdeu seu foco. E mostrou-se errônea desde o começo do segundo turno, dando sinais que nem seu núcleo de campanha parecia acreditar que haveria segundo turno.
Alckmin fez alianças que acabaram lhe prejudicando; atraindo mídia negativa à sua campanha.
Alckmin perdeu muito tempo na defesa, explicando intermitentemente que a bolsa família não seria cortada e nem que haverá uma avalanche de privatizações.
Alckmin em pleno segundo turno estava ainda inaugurando comitês de campanha no Brasil a fora, o de Maceió por exemplo. Como alguém passível de ganhar uma eleição nacional, só agora tem um comitê numa cidade como Maceió?
O discurso de Alckmin se tornou um conjunto de palavras jogadas ao léu. Suas frases pré-formuladas cheias de "choque de gestão", "dívida pública", "alta do juros" "desestabilização da economia" e suas "medidas gerenciais" soam muito bem. Mas não para o povo, que não consegue fazer uma ligação direta dessas palavras com os benefícios que terão, na prática, em suas vidas.
Coordenadores, Marketeiros, Conselheiros e/ou Intendidos Políticos da campanha de Alckmin perderam a chance de colocar a campanha presidencial de 2006 em seus résumés.
A esta altura, como já foi dito neste blogue anteriormente, Alckmin só tem chance caso nossa Polícia Federal revele provas contundentes do envolvimento de Lula no Caso Dossiê.
Bruno Hoff
quinta-feira, outubro 19, 2006
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Um comentário:
E aí Bruno, blz?. Gosto muito de basquete e, como todo brasileiro, gosto de política em tempo de eleição também.
O basquete feminino não teve uma posição ruim no campeonato, mas poderia ter chegado muito mais longe. O maior erro foi perder rebote no campo de defesa e todos do time são culpado.
Com o Alckmin também vejo semelhanças, pois acredito que o erro está no seu time. Não dá pra engolir quando lembramos tudo o que vem junto com o PSDB.
E não acho que o problema seja a defesa dele, na verdade os pontos positivos do ataque Lula é que estão ganhando.
E também não acho que é "o povo que não consegue fazer uma ligação direta dessas palavras com os benefícios que terão", acho que o povo faz uma perfeita ligação direta entre o que o Lula diz e o que aperece no nosso dia-a-dia.
Para concluir, aí vai minha análise final.
O brasileiro vota pelo bolso, se ele ganhar, ele vota. Da mesma forma que aconteceu no Coronelismo.
O Norte e Nordeste está tendo mais dinheiro, enquanto o Sul, Sudeste e o agronegócio do Centro-Oeste estão perdendo dinheiro. Os pobres estão menos pobres e os ricos permanecem ricos (mas pelo menos não estã mais ricos). A divisão Norte-Sul do mundo se confirma no Brasil.
E confirmo: o Lula vai ganhar. Não porque somos um pais pobre, mas porque juntos dos mais pobres temos um imenso povo solidário e os ricos são a minoria.
Agora como será as eleições de 2010?
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