Nesta noite de 7 de novembro o eleitorado americano foi convidado a comparecer as seções eleitorais, que apesar de não ser obrigatório contou com grande número de votantes.
O resultado surpreendeu até mesmo os Democratas mais otimistas: o partido do ex-presidente Clinton assumiu a maioria na Câmara, Senado e Governos estaduais.
A câmara dos deputados passou para o controle do Democratas após eleger 232 cadeiras de um total de 435. Quatorze a mais que o necessário para ser maioria.
No Senado, uma vaga ainda não foi confirmada, pela proximidade dos números. A cadeira do estado da Virginia disputado por Webb (D) e Allen (R) com uma diferença aproximada de 7 mil votos em um todo de quase 2,4 milhões de votos ainda está sendo apurada. Quem vencer esta vaga levará o seu partido a maioria no Senado.
O Republicano George Allen, ligeiramente atrás na apuração, já fala em recontagem dos votos. E caso essa medida seja tomada, a definição de que partido controlará o Senado pode demorar a ser definida.
As eleições para governo dos estados tabém foi um sucesso entre os Democratas, assumiram 28 dos 50 estados.
Entre os destaques, estão a bela vantagem de 17 pontos na reeleição de Schwarzenegger (R), na California, número que não era esperado.
Hillary Clinton se reelegeu com ampla maioria para Senado, pelo estado de Nova York. O que vem caucificando a idéia de termos pela primeira vez uma mulher candidata a presidência dos EUA, em 2008.
No estado de Missouri, vimos uma bela virada da Democrata McCaskill sobre o senador Talent (R). Esta eleição, uma das campanhas chaves para que os Democratas conseguissem a maioria também no Senado, teve a participação do ator Michael J. Fox, que sofre do Mal de Parkinson. Em sua intervenção*, uma campanha de 30'' reprisada por diversas vezes nos princiapis canais de TV aberta. Ele defende a liberação de pesquisas das células troncos. Fox também gravou propagandas de TV para outros candidatos Democratas que concorriam contra Republicanos que votaram contra a lei que liberaria a pesquisa.
O resultado da eleição já foi sentido por Bush: a "renúncia" do seu Secretário de Defesa, Donald Rumsfeld, que teria sido pedida pela deputada reeleita Nancy Pelosi, líder Democrata, e agora nome certo para a presidência da Câmara.
As eleições ocorreram muito bem se comparada com as eleições do ano 2000, onde um estudo mostrou que de 4 a 6 milhões de votos deixaram de ser computados pelo país, por falta de equipamento, confusão com cédulas ou erro dos votantes.
Naquela oportunidade, Al Gore (D), que foi vice de Clinton, perdeu as eleições na Florida para Bush (R) por míseros 537 votos. E mesmo tendo mais votos que Bush no total de votos americanos, a sistema de pontuação para cada estado se mostrou ineficiente, incorreto e injusto.
Desta vez ainda sim tivemos pessoas que não sabiam utilizar as máquinas de votação e inclusive mesários que também não haviam sido treinados para tal função.
Outra falha do sistema americano foi também questionada hoje, em relação a falta de representatividade no Senado para os quase 600 mil pagantes de impostos e suas famílias em Washington DC.
Bruno Hoff
* link do vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=a9WB_PXjTBo
quarta-feira, novembro 08, 2006
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