terça-feira, outubro 03, 2006

E agora Jose? E agora Luis?

A diference entre nossos candidatos ficaram claras demograficamente.

Geraldo Jose ficou com o Sul, Sudeste e Centro Oeste + Roraima, Rondonia e Acre.

Luis Inacio ficou com o Norte e Nordeste + Espirito Santo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Se utilizassemos o sistema americano, esses dados seriam mais importantes que ja sao.

Onde cada estado teria uma pontuacao, que e' diretamente relacionada ao numero de habitantes do estado. E quem vence no estado leva todos os pontos! Como se seu oponente nao tivesse recebido votos naquele estado.

Mas no Brasil nao. Cada voto se junta com todos da federacao. Um esquema mais simples, justo e transparente.

Mas agora indo ao que interessa; nossos presidenciaveis, estao em busca por mais votos.

Se fala muito em "agora e' uma nova eleicao se zera tudo!", correto, mas na cabeca das pessoas nao. A tendencia de repetir o mesmo voto e' enorme. Ninguem quer ficar com sentimento de ter "errado" no primeiro turno. Isso quer dizer que os votos de Helena e Buarque valem ouro. Principalmente os de Helena.

Os eleitores da nossa primeira candidata mulher a presidente (junto com Ana Maria Rangel - nao a Braga), estao em um dilema. Votar em PSDB? Aposto que nunca se imaginaram "comentendo tal ato". Ou eles preferirao ingolir o Lula e seus escandalos guela abaixo? "Pelo mau menor" segundo Plinio Sampaio seus eleitores tendem ao Lula sim! Eleitores esses, que sao mobilizados e envolvidos demais com assuntos politicos para quererem anular o seu voto.

Opa! Mas entao o Lula ja esta eleito?

Se ele teve 48% no primeiro turno + uma fatia dos ex-eleitores de Helena.

Na pratica fria, pobre e simples... sim, eh verdade!

Porem um fator nao garante esse eleicao antecipadamente. O fato de agora sim, muita gente acreditar que Geraldo Jose tem chances reais de vencer. Agora ele sera levado a serio por muito gente.

Teremos uma BATALHA este mes! Onde cada um fara' seu dever de casa em suas regioes para ter certeza que nao mudarao suas escolhas e ao mesmo tempo, entrar em "terreno inimigo" em busca de persuadir novos simpatizantes.

Ambos tem fundos para campanha, ambos tem bons nomes de apoio para o segundo turno e ambos estao prontos para por o "pe-na-estrada" - expressao coincidentemente utilizada pelos dois em suas entrevistas concedidas ao JN.

Para decidir, um terceiro elemento tera' de aparecer na campanha.

Que seja o resultado de investigacoes da PF, ou quem sabe um novo escandalo ou simplesmente um apoio descarado de(o) veiculo(s) de comunicacao a um candidato (este nao e' novidade).

Que venca o mais dedicado!

Bruno Hoff

Um comentário:

Anônimo disse...

Muito bom o comentário. Realmente o eleito tende a repetir o voto. Não obstante, fatos novos e o empenho de governadores eleitos no primeiro turno podem levar o eleitorado menos politizado a mudar seu voto. Vai ser muito interessante acompanhar a evolução nas próximas semanas.
Alvir