quarta-feira, outubro 25, 2006

Agora é a hora

Estamos à 4 dias das eleições.

Até sexta-feira, dia 27, é a última chance de novos fatos, capazes de fazer alguma mudança substantiva no voto do eleitor, surgirem. Serão dias decisivos; são os últimos dias de amplo alcance da imprensa junto ao eleitorado.

E para mudar o voto, só idéias já amadurecidas na cabeça dos votantes. Em cima da hora, qualquer notícia será interpretada como boato; mesmo que a fonte seja considerada segura.

Porém, Alckmin parece não ter mais munição.

Enquanto Lula, não nos deixa esquecer sobre CPIs abafadas em SP. E sempre que questionado, repete o seu discurso de que escândalos apareceram porque em seu governo houve transparência, e que foi dado todos os recursos necessários para que tudo fosse investigado. O que convenceu uma boa fatia do eleitorado.

Alckmin se revelou um ótimo acusador, mas também um ótimo "desviador" de assunto.

Sempre responde as acusações de ter abafado CPIs com novas acusações à Lula.

E no debate de segunda-feira, perdeu uma grande oportunidade em relação ao tema das privatizações. Lula disse: "Você tem aqui, agora, a oportunidade de dizer que não irá fazer privatizações. E se você disser eu acredito". Alckmin não respondeu, somente o atacou por ter privatizado o Banco do Estado do Ceará e algumas outras instituições.

Se privatizações são prejudiciais ou não, não quero entrar neste mérito aqui. Mas Alckmin não se posicionou. E quando um candidato não se posiciona, o seu oponente terá o maior prazer em fazê-lo por ele.

Bruno Hoff

3 comentários:

KID!DESIGN disse...

Concordo!
Faltando alguns dias para as eleições e alguns debates já feitos, não temos mais novidades. De um lado o sapo barbudo se vangloriando dos números e do outro um bobalhão que só fala que o país tem que crescer! Temos ai uma posição muito cômoda para o atual presidente, que diz que a "transparência" esteve presente em seu governo e por isso essa lama está ai.. a tona.. para todos verem o quão generoso ele é e para o povo, a verdade sempre! Ficaremos no sofá, no último debate, a espera de algum milagre.

Anônimo disse...

Esta é a lógica deles: não dá pra explicar os problemas? Responda com
acusações à oposição (ou inimigos), à elite, à imprensa qualquer que tente trazer a informação à sociedade; eles acreditam que, em nome de uma causa, tudo é permitido; a urna redime dos crimes (vocação
totalitária); a constituição não deve ser reconhecida, pois foi criado pelas elites e por isso não se deve respeitá-la como legítima; o pleito eleitoral é um vale tudo, manipulando o medo com um discurso
arcaico, abusando da mentira, distorcendo o discurdo do opositor,
pautando a opinião pública de factóides e desviando a atenção; mesmo bem na frente do adversário nas pesquisas, se tenta ainda esmagar e destruir o inimigo, também usando de todos os meios possíveis (falsos dossiês entram no páreo, imprensa comprada, falsas teorias conspiratórias que de tão absurdas, caem por terra na semana seguinte - vejam o caso de IstoÉra e CartaOficial).
Em ultima análise: o crime petista é melhor que o deles, porque ao
menos, o crime do partido é para um bom fim ("ajudar" o povo),
portanto, é um crime virtuoso (o moderno príncipe de Gramsci sai das
hipóteses da teoria política para a prática), então é mais "correto" - aliás, que crime? Se não se reconhece a constituição como legítima, não há crime. Tudo é virtuoso, mesmo em casos mais assustadores como o assassinato dos prefeitos ainda não investigado e sem ainda ninguém
punido. Para eles, o dossiê foi armação da oposição (paranóia contra inimigos reais e imaginários); os sanguessugas e compra de votos, criados antes
de Lula, redime a culpa do PT de tê-lo continuado, ampliado e
melhorado; as ONGs de amigos do presidente financiadas com milhões,
BNDES, fundos de pensão e Telemar dando 15 milhões a empresa do filho, não é imoralidade.
A manipulação de dados é tão absurda que quase todos caem no jogo. Um exemplo: gabam-se da diminuição da pobreza em 19% com Lula. Média de 5,2% ao ano. Uau. Com FHC, a média foi 5.1% ao ano. Dados da FGV. Lula continua a mesma política econômica de FHC, mesmo com todo o cenário externo favorável e a inflação controlada. Não sabe fazer diferente. E não melhorou em nada a vida do povo, o que houve foi a continuação das
melhorias trazidas da mesmas políticas iniciadas anteriormente.
"Quando um ex-ministro de Estado e governador eleito confunde o direito que as pessoas têm de não se auto-incriminar com o suposto "direito de mentir" – foi o que fez Jaques Wagner -, já estamos na lama. Wagner é hoje, podem gargalhar, um dos principais conselheiros de Lula..." (R. A.)
Uma coisa é certa: nos próximos 4 anos, podemos até não caminharmos
para o buraco na economia - mas seguramente vamos caminhar ainda mais para o buraco institucional. Pra sair deste último é muito mais
difícil, a percepção de que as coisas não vão bem neste campo é muito mais complicada. Pobre dos pobres, que continuarão amarrados aos seus programas de atestado de ineficiência do Estado e de perpetuação do pobrismo. Pobre Lula, que acredita que o papel do povo é ser subjulgado, é ser apoiador da causa oficial - ou laranja oficial - das intenções do petismo.

Anônimo disse...

So Ventania pode ajudar Alckmin! Saiba mais no blog: http://alexeievitchromanov.zip.net